quarta-feira, 23 de março de 2011

Caminhos que queria ver cruzar

Á medida que avanço no caminho apercebo-me de como o tempo passa depressa,
Percebo a urgência que me assalta em tudo o que quero ainda realizar.
A despeito da urgência, avanço devagar, nesta jornada que podia muito bem ser colectiva.
Doi-me ver tombar aqueles a quem quiz estender a mão,
Uns não a quizeram agarrar, outros nem sequer quizeram que a estendesse.
Vontades legitimas.
E eu? Porque não insisti? Não os contrariei, porquê?
Agora é mais doloroso, vejo-os afastados, os nossos caminhos já não se cruzarão.
E eu sem a força, ou a vontade necessária para os resgatar, conformo-me.
O que me assusta é o repetir da história.
Alguns dos que fazem parte da minha urgênte necessidade de sentir gente feliz,
Para meu pesar estão parados, sentados na berma do seu caminho, a ver a vida passar.
Desacreditaram cedo, sentem a tentação de retornar.
Vejo-os, mas não lhes chego.
Agora, como antes, sinto dificuldade em os agarrar.
Paro no meu caminho, como que encalho, não é assim que almejo avançar.
Agarra-me a urgênte necessidade de ver todos chegar.

Vieira MCM

segunda-feira, 7 de março de 2011

Entre o Mel e o Fel

Neste vazio de mim, vazia dos outros,
uma constante batalha tem lugar dentro de mim,
o caminho a percorrer é longo e sinuoso,
chego sem grande alento à bifurcação, onde não vejo para além,
a dúvida, a angustia, sei lá ... o coração ... não sei!
Sei o peito apertado de certezas,
sei o peito apertado de dúvidas,
sei o peito cheio de decisões,
sei o peito cheio de mudanças,
sei o peito apertado de inércia,
sei o peito apertado de impotência,
Cabeça louca de aparência normal,
olhar brando esconde o fogo que a consome,
sorriso leve mascara-me o grito, 
a mente profere as palavras que não digo,
mudas, inaudivéis mortas em mim.
Assim sou, feita de mel e de fel.
num duelo alucinante, sem opositor,
entre risos e choros sigo a passos lentos,
demorados pelo conhecimento da trincheira onde me escondo,
Afinal sou só eu dentro de mim,
Neste embalo de emoções caminho e abro caminho,
sem destino certo, sem certeza de chegar,
Pretensão tola, desejo legítimo? Não sei,
É-me absolutamente necessário este encontro com o espelho da vida,
e quando acontecer, quero ver nele refletida a pessoa que sempre quiz ser,
Eu,
Cheia de Mel com um toque de Fel.

Vieira MCM

terça-feira, 1 de março de 2011



Agradeço e retribuo o carinho.

"Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível,
é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador."

Clarisse Lispector

Com o mesmo carinho ofereço de volta o selinho ao Blog "Sempre" e a mais cinco Blog's
http://semprearecomecar-sempre.blogspot.com/
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