Quedo-me perante a paisagem
Não sei se pela beleza, se pelo mistério
Observo a dança indiferente das árvores
Ouço ao longe o murmurejar da folhagem.
De novo a brisa beija e envolve
no bater das asas de um pássaro
que ao trinar, o beijo lhe devolve.
Petalas movem-se airosas,
aveludadas e sensuais
acolhem a luz quente e doce
tornam as flores mais graciosas.
Emana o perfume da terra húmida
resplandecente mãe!
Acolhe em seu regaço a semente.
Que sabe por intuição, não ser de ninguém.
Reparo no manto negro,
sem qualquer ordem, avança impunente sobre ela,
sabe-o muito bem,
vestida de negro e luar, fica ainda mais bela.
Vieira MCM
terça-feira, 6 de abril de 2010
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