terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Esse lugar... Em sítio algum.


Quis ser como o vento. Estar aqui, soprar acolá.
Chegar a esse lugar... Em sítio algum.
Não permanecer em nenhum.
Mas... Não podia ser!
As raízes do coração laceram-me o peito.
Seguram-me aqui, onde por vezes não quero estar...
O amor vigilante, vem suave, impele-me a abrandar.
Revela-me as raízes aqui, e o coração em qualquer lugar.
Absorta ouço-o rumorejar: por cada estrela que se apaga, há imensas a brilhar.
Pergunto-lhe, e quando a decepção nos sufoca e a confusão se instala?
Ele sorri.
Basta sentir o vento e embarcar. Tomar para ti o leme.
Teres a coragem de dizer ao coração onde deve atracar.

Vieira MCM