terça-feira, 26 de abril de 2011

Ainda que doa

Alma nua, despida de tudo,vestida de nada,
Deambulando na noite, preza na alvorada,
Magoa-a a indiferença, por todo lado espelhada,
Indaga uma compreenção, que agora não vale nada,
Alma vazia, cheia de tudo e quase nada,
Inábil, não se expressa,
Galopa, mas não tem pressa,
Inflige-se sofrimento que dizem não lhe pertencer,
Falam-lhe de um caminho, que pensam não o saber,
Não se obedece... apenas por não querer,
Da necessária vontade, ainda que doa,
Depende o fazer.

Vieira MCM