segunda-feira, 17 de novembro de 2008

LUZ

Aparto a poeira que me turva o coração.
Estimulo a visão. Espero que alcance para lá da névoa.
Filo-a!
Foge-me por entre os dedos.
Sinto-a. Toca-me ao de leve.
Sei que não está ao fundo do tunel! E não a procuro lá.
Sinto-a tão perto que posso experimentar o seu calor.
Sinto-a! Sinto-a, mas não a vejo.
Eu sei, vê-la só depende de mim!
Indago em seu encalço.
Percebo a tracção exercida. Deixo-me ir.
Sinto-a mais minha.
Essa LUZ sublime, centelha da vida.
Fecho os olhos. Abro os braços expectando que entre.
A verdade é que a quero a brilhar dentro de mim!

Vieira MCM

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