quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Reclusa em mim

Fujo sem razão.
Mas, não posso fugir! Faço parte! Permito.
Obrigo-me a ficar. Entrego-me sem vontade...
No meio da minha gente sinto a solidão.
Articulo palavras, inaudiveis, esmorecidas dentro de mim.
Cedo-me à reclusão, na expectativa de certezas ou não, que servem a inércia a que me entrego.
Impassível? Não.
Apenas descrente.
Não sei se o que percebo é, se é o que percebo.
Qual espiral, sem fim.
Talvez esteja apenas, reclusa em mim.

Vieira MCM

1 comentário:

SiulM disse...

Muito bem escrito; tens estado sempre a melhorar.
E tens sempre algo de muito profundo e verdadeiro a transmitir.