terça-feira, 3 de março de 2009

Convulsão


Da revolta à fúria, da fúria à agonia, de forma rápida tudo se entrelaça.
Não me é cedido tempo para digerir a dor que me trespassa.
Não sei nada da teia que me envolve.
Quero expelir a agonia que me sufoca.
Não consigo respirar, a fúria não me concede a vontade de parar.
Admito uma batalha perdida, com alguém ausente algures, numa vida mal resolvida.
O desespero aperta-me o cerco, força-me a querer! Decido saltar.
Numa última esperança, sentencio-me a pagar para ver o resultado.
Algo há-de mudar.

Vieira MCM

1 comentário:

SiulM disse...

a convulsão tem de ter um sentido; tem de fazer passar uma barreira; tem de haver o antes e o depois da convulsão; tudo muda, não podemos é pensar para sempre que isso acontecerá um dia... Tem de ser agora!